Crítica - Homem de Ferro 2

"I AM IRON MAN!"

Em uma coletiva de imprensa, Tony Stark (Robert Downey Jr.) precisa se explicar por alguns acontecimentos envolvendo uma tal armadura vermelha e dourada, o bilionário acaba dizendo simplesmente: "Eu sou o Homem de Ferro". Assim termina o primeiro filme, de 2008. E chegam aos cinemas brasileiros (uma semana antes dos EUA), Homem de Ferro 2, dirigido pelo mesmo cara, Jon Favreau.

Logo no início do longa, somos apresentados a Ivan Vanko, um russo, filho de  Anton Vanko, que participou de projetos com o pai de Stark, mas acabou sendo deixado de lado e indo parar na sarjeta. Ivan, que jura vingança contra os Stark, constrói sua "arma de combate" e aí vemos que ele é o Whiplash (ou Chicote Negro) dos quadrinhos. O curioso é que o personagem é uma mistura de Chicote Negro com Dínamo Escarlate (Crimson Dynamo).  O outro vilão da história é o famoso Justin Hammer (aqui bem mais novo que nas HQ's), um concorrente das Stark Industries, que ao presenciar um atentado de Vanko a Tony em um autódromo, o procura para fornecer recursos suficientes pra acabar com o cabeça de lata. 

Em meio a todos esses vilões, o glorioso senhor Antônio ainda precisa contornar outro problema: a bebida. Isso acaba afetando seu relacionamento com Pepper Potts (Gwynett Paltrow) e prejudicando sua imagem como Homem de Ferro. Se você leu "Demônio na Garrafa", um dos mais significativos arcos de histórias nos quadrinhos do herói, notará claríssimas influências, tanto nos antagonistas, quanto nos problemas com o álcool. 

Pra dar uma forcinha a Anthony, seu melhor amigo, James Rhodes (Don Cheadle), vem como Máquina de Combate, uma melhoria da Mark II. Outra novidade é a aparição de Natasha Romanov (Scarlett Johansson), que vai auxiliar nos trabalhos das Indústrias Stark, mas na verdade, descobrimos que ela é a Viúva Negra e está lá a mando de Nick Fury (Samuel - motherfucker- L. Jackson) para ficar de olho em Tony. Fury, como já ficamos sabendo na cena pós créditos do primeiro filme, quer que o Homem de Ferro participe da Iniciativa Vingadores. E sim, a Marvel está cuidando de montar seu universo nos cinemas e as evidências, dessa vez são claríssimas! Agora fala-se abertamente do projeto para um tal grupo de super-heróis, o qual Tony Stark apelida de "boy band superpoderosa". E lembra daquele possível escudo do Capitão América escondido no escritório? Aguarde outra cena com o objeto, meu amigo, você vai pirar. 

Partindo para o trabalho dos atores, as atuações de Mickey Rourke como o Chicote e Sam Rockwell como Hammer são impecáveis. Ambos se completam. Rourke faz o estilo vilão que não se abate com nada e só está interessado em alcançar seu objetivo. Rockwell já é o metido a engraçadinho mas que tem seus momentos de fúria. Já o cara mais carismático de Hollywood, Mr. Robert Downey Jr., repete a excelente atuação do primeiro filme. Mas não deve ser muito difícil esse papel pra ele, afinal de contas, caso você não saiba, ele é o Tony Stark na vida real. Isso é um fato, conforme-se. Scarlett Johansson está a personificação da mulher sensual e Samuel L. Jackson, como estamos acostumados, é um motherfucker exemplar.

Todo o impacto da apresentação do personagem, obviamente, não se tem mais aqui, isso era função para o primeiro filme. Isso não significa um filme mais fraco, muito pelo contrário. Temos um personagem já estruturado, resta apenas explorá-lo, o que é feito de forma primorosa. Os momentos de ação estão ali na hora certa, intercalados com doses de humor que só enriquece a experiência e a torna mais divertida de assistir.

A trilha sonora mereceria uma crítica à parte, mas acho que três palavras resumem o que eu quero passar: Shoot To Thrill. E caso você ouse sair do cinema antes do fim dos créditos, trate de ir a um tatuador urgentemente pra eternizar uma mensagem na sua testa escrita "LOSER". A cena pós créditos é algo chutador de bundas.

Enfim, Homem de Ferro 2 entra para a lista de filmes excepcionais da Marvel Studios que já tinha produzido o primeiro filme e "O Incrível Hulk". A produtora vem montando, pouco a pouco, seu universo nos cinemas. E o vem fazendo com mérito. Agora, que venham Thor e Capitão América!

Nota: 9,8